terça-feira, 1 de junho de 2010

Equilíbrio

Quando deitei na cama, podia sentir meu sangue correr em minhas veias, eu estava fria por fora e o sangue que percorria todo o meu corpo estava quente, era quente. Eu olhava o relógio acompanhando o ponteiro dos segundos, era rápido, mas o meu tempo não parecia acompanhar o tempo do relógio, meu tempo havia parado. Fechei os olhos e várias imagens, momentos e emoções vieram à tona, algumas coisas das quais eu tinha medo, receio estavam tão normais. Não me assustava mais. Fiquei por horas pensando várias coisas ao mesmo tempo, nada certo, coisas do passado, presente e futuro. Logo descartei os pensamentos futuros, nunca tive sorte ao imaginar coisas futuras, nunca deu certo. Agora meus pensamentos eram bem leves, me sentia em plena paz, uma paz profunda. Só ali percebi que eu queria morrer, estava cansada da minha vida monótona. Acho que todos os comprimidos do frasco que eu tomei, faziam efeito naquele momento. O meu sangue que antes pulsava, corria em minhas veias agora passava lentamente. Eu podia sentir o frio vindo, era bom, na verdade muito confortante eu finalmente estava conseguindo o meu tão esperado equilíbrio. Meus olhos fecharam-se lentamente e a respiração foi ficando difícil, os comprimidos haviam feito a parte deles, a morte estava ali a um passo de mim.

3 comentários:

  1. Metaforicamente falando, isso já aconteceu comigo algumas vezes...
    Metaforicamente falando, a morte já me levou inúmeras vezes...
    rsrs
    Muito bom o texto,

    bjos

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  2. Concordo contigo, Gutemba.^^
    Parabéns, novamente.

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  3. Obrigada pela visita, e a curiosidade me trouxe aqui também! E gostei! Agora eu sigo essas palavras! ^^

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